O QUE OFERECER?
O balanceamento nutricional consiste
em verificar se a alimentação infantil contém todos os nutrientes básicos
(energia, proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas e minerais) e se a
quantidade de cada um deles está adequada.
Recomenda-se introduzir os novos
alimentos gradualmente, um de cada vez, a cada 3 a 7 dias. É muito comum a
criança rejeitar novos alimentos, não devendo este fato ser interpretado como
uma aversão permanente da criança ao alimento. Em média, a criança precisa ser
exposta a um novo alimento de 8 a 10 vezes em diversas formas de preparação,
para que o aceite bem.
Proteínas: São matérias-primas para a multiplicação de células e para o
crescimento da criança. São construtores constituintes dos músculos, vísceras,
ossos, pele, células do sangue, enzimas, anticorpos, hormônios. Entretanto,
atingir as recomendações de proteínas para a criança é algo muito fácil.
Fontes:
Origem animal: Carnes (boi e frango), Miúdos (fígado bovino e de aves), leite e
derivados (queijo, coalhada, iogurte,
requeijão...). E após os 8 meses pode-se acrescentar o ovo e após os 12 meses
pode-se acrescentar o peixe. A carne suína pode ser acrescentada, porém com
cautela, pois são ricas em gorduras saturadas.
Origem vegetal: Feijão, Lentilha, ervilha, soja, grão-de-bico.
Carboidratos: São os principais fornecedores de energia a ser utilizado pelo
organismo da criança nos processos de crescimento, desenvolvimento e ainda para
suas atividades diárias. A aceitação da criança pelo carboidrato é muito boa e
estes devem ser à base de sua alimentação da criança. São encontrados em:
arroz, macarrão, batata, mandioca, cará, pães, mandioquinha, bolachas, cereais
matinais, farinhas, etc.
Gorduras: É uma forma secundária de energia para a criança. Apresentam um
processo digestivo e absortivo mais lento e difícil. Portanto não se deve
exagerar nas quantidades de gorduras a serem oferecidas para a criança. As
melhores fontes de gordura estão nos óleos vegetais, azeite de oliva. É
importante também evitar o excesso de gordura saturada e frituras, visando se
precaver do aumento dos níveis de colesterol na infância.
Vitaminas e Minerais
Existe uma grande variedade de
vitaminas e minerais; sendo que cada um deles desempenha uma função importante
para o organismo da criança. Exemplo de
algumas vitaminas:
Vitamina A: Participa intensamente do crescimento, integridade da pele, visão
e ainda aumenta resistência contra doenças infecciosas. As principais fontes
são: vegetais amarelo-alaranjados (cenoura, abóbora, mamão, manga, etc.),
vegetais verde-escuros (couve, espinafre, etc.), fígado, manteiga, leite
integral e gema de ovo.
Vitamina C: É importante para regular o organismo e protegê-lo contra
infecções. As melhores fontes são: frutas cítricas (laranja, limão, etc.),
acerola, caju, goiaba, abacaxi, couve, espinafre, tomate, etc.
Cálcio: É fundamental para formação dos ossos, dentes e para a contração
muscular. As principais fontes são: laticínios (leite, iogurte, queijos),
brócolis, feijão, peixes e nozes.
Ferro: É importante para a formação das células vermelhas do sangue e
previne a anemia. Boas fontes de ferro são: fígado, carnes vermelhas, gema de
ovo, folhas verde-escuras, feijão, etc.
Entretanto, vale dizer que o ferro de
origem animal (carnes) é muito melhor absorvido pelo organismo do que o de
origem vegetal.
Sal:seu consumo naturalmente se eleva durante o desmame,
porém deve ser controlado devido à limitada capacidade de concentração renal e
também para não surgirem hábitos alimentares inadequados.
Água: a demanda hídrica eleva-se com o
aumento do consumo de sódio. A água deve ser oferecida com frequência a
criança, visando à manutenção hidroeletrolítico.
• Os de difícil
mastigação e digestão: alimentos crus, frituras, linguiça, milho integral,
feijão com casca, etc.;
• Os que oferecem risco
de engasgos e asfixia: batata frita, frutas com semente, pipoca, etc.
• Peixes e mariscos:
são considerados alergênicos, portanto devem ter sua introdução retardada,
de preferência, para o 2º ano de vida. Porém pode ser dado após o 1º ano!
Estar atendo a
procedência devido ao risco de contaminação por metais pesados, principal mente
mercúrio.
• Chocolate e bebidas
achocolatadas: são contraindicados devido ao risco de alergia e também
interferência na absorção de minerais.
• Mel: tem implicado como única fonte alimentar que
esporos de Clostridium botulinum, durante o primeiro ano de vida pode
ocasionar botulismo devido às condições apropriadas no intestina da criança
para sua germinação e produção de toxina.
• Açúcar: limitar
ao máximo sua ingestão. Doces e guloseimas são desaconselhados pois contem alto
teor de açúcar - caloria vazia—alimenta sem nutrir.
• Alimentos
industrializados: são contraindicados devido aos seus aditivos alimentares
(corantes, conservantes, estabilizantes, espessantes, etc.) que podem concorrer
para intolerâncias e reações alérgicas, reações tóxicas entre outras.
• Alimentos
enlatados: podem estar contaminados por chumbo e representar risco para o
lactante, podendo gerar intoxicação aguda pelo efeito cumulativo.
• Chá: pode
saciar a criança, principalmente
quando adoçado, comprometendo seu
apetite para o de leite e também perturbar o reflexo de sucção, diminuindo seu
interesse pela amamentação. Alguns chás como o chá preto e mate, contem tanino
e polifenóis de alto peso molecular, que interferem na absorção de ferro.
• Café: não
oferece contribuição nutricional e contem cafeína que age como estimulante
podendo levar a irritabilidade na criança.
• Sucos artificiais: calorias
vazias. Não oferecem nada além de açúcar, essências, corantes artificiais.
• Refrigerantes: contraindicados,
pois além de não terem nada a contribuir em termos nutricionais, contem
polifenóis, que diminuem a absorção do ferro não heme e favorecem a formação de
hábitos alimentares inadequados .
• Alimentos a base de trigo: possibilidade
de desenvolver intolerância ao glúten - sua introdução deve ser retardada o
máximo possível (nunca antes dos 6 meses).
Como montar um prato adequado após os
6 meses?
Simples comece utilizando um
componente de cada grupo alimentar:
1 Cereal—Ex.: Arroz, fubá, quinoa,
aveia, milho, macarrão...
1 Carne macia bovina ou ave, fígado
de galinha ou bovino.
1 Legumes—Ex.: Cenoura, abobrinha,
chuchu, vagem, abóbora...
1 Tubérculo — Ex.: Batata, batata-doce, inhame, cara, mandioca,
mandioquinha salsa...
1 Verdura—Ex.: Escarola, alface, acelga,
agrião, brócolis, couve-flor...
1 Leguminosa—Ex.: Feijão (sem casca
no inicio), lentilha, ervilha, grão de bico, soja...
Temperos: Sal, alho e cebola (todos
em pequena quantidade, se for possível não adicione sal).
Importante!
Não deixe sua criança trocar as
refeições principais pelo leite materno ou outro leite.
O leite deve ser oferecido em
períodos contrários ao das refeições!
Sempre observar a tolerância e
aceitação da criança. Observar alergias, enjoos ou vômitos ao ingerir algum
alimento!
Sempre que surgir dúvidas consulte a nutricionista ou pediatra!
Adriana Madeira
Nutricionista
CRN3: 36565
Pós Graduada em Nutrição Clínica
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