sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Entenda a importância dos primeiros mil dias do bebê

Hoje vou falar de um assunto muito importante, os primeiros mil dias de vida do bebê. Antes mesmo de pensar em uma boa educação ou em cada fase que a criança passará, os pais deveríam ficar mais atentos ao período que começa na concepção da criança, passa por toda a gestação, avança pelo primeiro ano de vida e termina após os 2 anos completos. Um olhar cuidadoso durante esse período, é o primeiro e mais importante presente que os pais podem dar para a criança pensando no futuro dela. 

Eu estou vivendo essa fase com meu filho caçula que esta com 6 meses, e acabei de terminá-la com o meu mais velho de 3 anos. Agora com um pouco mais de experiência e conhecimento tento corrigir o que errei com o primeiro. 

Antigamente, acreditava-se que a preocupação com as doenças crônicas, como: obesidade, hipertensão, diabetes, enfartes e derrames, começava na fase adulta, porém, hoje já existem estudos que mostram que essa preocupação deve começar ainda mais cedo, no útero da mãe. Nesta fase dos primeiros mil dias, a criança está em acelerado desenvolvimento físico, no qual, os ossos estão se alongando, os músculos se fortalecendo e o cérebro ganhando volume. O peso triplica do nascimento até o primeiro ano de vida e as crianças crescem cerca de dois centímetros por mês durante este período. O desenvolvimento cognitivo também ganha destaque, o cérebro triplica de tamanho no término do segundo ano de vida e cerca de 80% da capacidade cognitiva do adulto já está desenvolvida.

Por isso, durante a gestação, é muito importante que a mãe faça algumas mudanças em seu estilo de vida. Isso inclui abandonar certos hábitos, como: fumar, ingerir bebidas alcoólicas e adotar uma dieta balanceada (rica em frutas, verduras, cereais e carnes magras). Mas, não pense que é só o corpo que precisa de cuidados. É muito importante também o equilíbrio emocional da mãe, do pai e do casal. Isso é fundamental para que a gravidez e a criação do bebê ocorram com tranquilidade.

A alimentação da mãe e do filho

Uma alimentação equilibrada também é primordial, além da suplementação de algumas vitaminas, (o médico fará a indicação no pré natal, de alguns suplementos), como o acido fólico, por exemplo, que contribui, já nas primeiras semanas de gravidez, para a formação do tubo neural do feto. O seu consumo deve ter início entre 60 e 90 dias antes da gestação, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), para que haja tempo de atingir os níveis recomendados. Alguns nutrientes não podem faltar no prato da gestante como: o ferro, a vitamina C, o cálcio, o ômega 3 e as fibras. Controlar o peso também é muito importante. Mulheres que ganham muito peso estão propensas a desenvolver diabetes, por exemplo. A alimentação da mãe durante a gestação e da criança desde o nascimento até o final do segundo ano de vida exercem influência direta na saúde do bebê até a vida adulta.

Exposições nutricionais, ambientais e padrões de crescimento durante a vida intrauterina e nos primeiros anos de vida podem ter efeitos importantes sobre as condições de saúde do adulto, sendo janelas de oportunidades fatais para o desenvolvimento de doenças. Conhecida como programação metabólica, (ou "imprinting") esse termo é definido por alguns estudiosos como a influência que o ambiente gestacional tem sobre efeitos permanentes na estrutura, fisiologia e no metabolismo do individuo ao longo de sua vida.  Assim, as condições pré-gestacionais e gestacionais (principalmente aquelas relacionadas à nutrição materna), às quais um individuo é exposto podem "programar" o desenvolvimento de doenças crônicas na sua vida adulta.

A amamentação exclusiva até seis meses, é muito importante nesse sentido, pois, protege o bebe contra infecções, diarréia, obesidade, além de muitos outros beneficios. A recomendação da OMS é que o ato de amamentar seja exclusivo até os seis meses de vida e que permaneça, se possível, até os dois anos, mesmo com a alimentação complementar. Os bebês nascem com um sistema imunitário incapaz de protegê-los. Com a ajuda do leite materno, o intestino é povoado por bactérias benéficas ao longo dos dois primeiros anos até a formação de uma microbiota intestinal equilibrada, capaz de inibir a entrada de vírus e bactérias nocivas para o corpo.

Infelizmente, muitas mulheres não conseguem manter o aleitamento materno exclusivo até os seis meses. Boa parte delas, não tem o suporte necessário ou conhecimento suficiente para que a amamentação ocorra de forma correta. Isso sem falar daquelas que precisam voltar a trabalhar e não conseguem conciliar a vida profissional com a amamentação.

A partir dos seis meses, inicia-se a alimentação complementar, que deve ser variada, primeiramente com os sucos e frutas, posteriormente com as papinhas salgadas, acompanhada, se possível, do aleitamento materno até os dois anos de vida ou mais. Sempre respeitando, é claro, o tempo de cada alimento, alguns como mel, por exemplo só devem ser oferecidos ao bebê depois do primeiro ano de vida. Mas esse é um assunto do qual falarei posteriormente em alimentos proibidos até um ano de idade.

Algumas ações simples e de fácil execução, quando desenvolvidas com atenção e carinho, podem influenciar a saúde dos filhos para o resto da vida.

Outros cuidados importantes

Vacinação em dia, uma atitude que não pode faltar na lista de uma mãe preocupada com seu filhote. Isso porque ao se imunizar a mãe passa os anticorpos para o bebê, protegendo-o. Todas as vacinas serão recomendadas pelo médico durante o pré natal.

Estimular os vínculos: carinho, afeto e contato físico com o bebê são alguns ingredientes essenciais para estabelecer e fortalecer a conexão com o bebê. Isso contribui para o desenvolvimento neurológico e também para a imunidade.

Obesidade, uma alimentação rica em gordura, altas taxas de stresse, violência, entre outras situações adversas que a mulher possa enfrentar durante a gestação, não passarão despercebidas pelo bebê. A comunicação mamãe/bebe é feita por meio da placenta, é essa estrutura que conduzirá não apenas os nutrientes, mas irá traduzir todas as informações maternas para o bebê. Qualquer uma dessa situações pode gerar estresse para o feto o que poderá alterar o eixo hormonal que regula funções do organismo como: desenvolvimento e crescimento, níveis de transpiração, entre outras várias particularidades de diversos órgãos. Por isso, a gravidez planejada e um bom acompanhamento médico é tão importante.

Espero que tenham gostado, ainda há muito o que falar sobre os primeiros mil dias de vida do bebê. Aos poucos, vou postando mais textos sobre esse assunto. Se você gostou, compartilhe. Até breve!











domingo, 19 de julho de 2015

Nutrição Infantil: Intolerância a lactose em bebês? Provavelmente não...



Eu sei que nós mães temos muitas dúvidas,  nesse texto a nutricionista Karine Durães, explica sobre lactose, não deixem de ler!!



Não Nutrição Infantil: Intolerância a lactose em bebês? Provavelmente não...: Com certeza você já leu na web a palavra lactose. Dieta sem lactose. Iogurte sem lactose. Mas o que é lactose? Seria bom tirar das criança...

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sexta-feira, 17 de julho de 2015

Nutrição Infantil: Por que eu me preocupo com alimentação complementa...

Hoje temos tantas informações, não me conformo com algumas pessoas que ainda dizem não se preocupe não faz mal, eu dei e ninguém morreu. Esse texto da nutricionista Karine Durães é muito bom e explica muito bem sobre essa questão.

Nutrição Infantil: Por que eu me preocupo com alimentação complementa...: O futuro está chegando cada vez mais rápido. Nunca tivemos tanta informação em tão pouco tempo. Na alimentação então... trinta anos for...


quinta-feira, 16 de julho de 2015

Como e quando introduzir novos alimentos ao bebê


Meu filho mais novo acabou de completar seis meses, agora já começam os sucos e as papinhas doces e salgadas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde recomendam o aleitamento materno exclusivo até a criança ter 6 meses. Depois dessa idade, o leite materno não contém mais, sozinho, todos os nutrientes de que o bebê precisa, especialmente o ferro, por isso outros alimentos passam a ser necessários para complementar a dieta. 

Em alguns casos em que mãe precise voltar ao trabalho e tenha que introduzir novos alimentos antes dos 6 meses, converse com o pediatra primeiro. Na prática, muitos médicos acabam orientando a introdução de alimentos por volta dos 4 meses.

Os pediatras costumam sugerir que as frutas, em forma de suco e papinhas, sejam a primeira novidade na dieta do bebê. Na parte da manhã, depois da primeira mamada do dia, você pode oferecer uma dose bem pequena de suco (por volta de 30 ml a 50ml) com uma colherinha de plástico ou silicone, ou mamadeira.

No começo os bebês que mamam no peito às vezes costumam rejeitar o bico da mamadeira, vá insistindo aos poucos.

Não acrescente açúcar ou água e prefira frutas naturalmente mais doces e menos ácidas (como a laranja lima). 

De início, pode ser que ele não aprecie muito o gosto, mas vale a pena insistir para, aos poucos, ir educando o paladar da criança. Pode demorar até dez tentativas para ela aceitar a novidade. É importante lembrar também de introduzir um limento por vez e aguardar alguns dias (geralmente três dias) para oferecer outro ou misturar (assim você poderá avaliar se houve alguma reação). Algumas boas opções para acrescentar ao suco de laranja são acerola e mamão papaia. 

Para um lanchinho da tarde, experimente raspar ou amassar banana (prata, maçã ou nanica), pêra ou maçã (crua ou cozida) e também dar com uma colher pequena, aumentando a quantidade à medida que o bebê demonstrar mais interesse.

Nas próximas postagens falaremos das papinhas salgadas e colocarei algumas receitas. 



terça-feira, 14 de julho de 2015

Segundo filho

Fiquei um bom tempo afastada, e nesse tempo muita coisa aconteceu. Tive o segundo filho, terminei a faculdade e agora como nutricionista e, com dois filhos pequenos, retorno para nosso Bate papo entre mães. Acredito que estou um pouco mais experiente. O segundo filho te deixa mais segura e confiante. Bem que me diziam: 'com o segundo filho tudo é mais fácil, mais tranquilo'. Como várias situações já não são novidade, muita coisa que passei com o primeiro filho, hoje percebo que foi exagero. Fiz coisas erradas que agora tento concertar com o filho mais novo.  Por outro lado,  estou mais cansada, agora o trabalho é em dobro, são dois e dois pequenos. Isso também todo mundo falava: 'dois filhos pequenos é cansativo, porém tem suas vantagens, crescem juntos, brincam juntos, um fazendo companhia para o outro, etc'. É isso que eu espero. Que sejam além de irmãos, amigos e companheiros. E pra você que está nessa situação ou pretende entrar nessa "loucura" de ter filhos com um pouco de diferença de idade um do outro, fica uma dica: se organize, pense, reflita, converse com seu marido. Pese os prós e os contras, pois depois dos filhos sua vida nunca mais será a mesma, isso eu posso te garantir.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

ALIMENTAÇÃO INFANTIL


Pequenas orientações!



            A alimentação exerce um papel fundamental sobre a saúde da criança. O estímulo ao aleitamento materno exclusivo até o 6º mês de vida, aliado à introdução da alimentação complementar adequada até o 2º ano de idade, são determinantes na formação de hábitos alimentares mais saudáveis. Hábitos adquiridos no decorrer da infância e da adolescência são fáceis de serem mantidos na vida adulta e durante o envelhecimento. As práticas alimentares formam os hábitos que adotamos e que seguimos por toda a vida!
            Atualmente, com a modernidade e a facilidade de acesso a produtos industrializados cheios de sal, açúcar e gorduras, a saúde das pessoas vem se modificando e as doenças como obesidade, diabetes e hipertensão tem aumentado muito, atingindo nossas crianças mais precocemente.
            Os primeiros anos de vida de uma criança especialmente os dois primeiros anos são caracterizados por crescimento acelerado e enormes aquisições no processo de desenvolvimento, incluindo habilidades para receber, mastigar e digerir outros alimentos, além do leite materno, e no autocontrole do processo de ingestão de alimentos para atingir o padrão alimentar cultural do adulto.
            Para tentar prevenir ou reverter este quadro e melhorar a qualidade de vida de nossas crianças, estamos apresentando estas orientações, que tem por objetivo principal orientar os pais, familiares e cuidadores a praticarem escolhas alimentares mais saudáveis no momento de alimentar as suas crianças, garantindo crescimento e desenvolvimento adequados e saúde para a vida toda.



Alimentação nos primeiros 6 meses de vida
            O aleitamento materno exclusivo significa que a mãe deve dar somente o leite do seu peito para o seu bebê durante os seis primeiros meses de vida. Ou seja, só leite materno, sem chás, sem águas, sem sucos, sem outros leites e sem qualquer tipo de alimento líquido ou sólido.

Alimentação após os 6 meses de vida
            A partir dos 6 meses, as necessidades nutricionais da criança já não são atendidas só com o leite materno, embora este continua sendo uma fonte importante de nutrientes.
            A partir desta idade, a criança já apresenta maturidade fisiológica e neurológica para receber outros alimentos. Mesmo recebendo outros alimentos, a criança deve continuar a mamar no peito até 2 anos. O leite materno continua alimentando a criança e protegendo de doenças.
            Se a criança estiver mamando no peito, aos 6 meses deve-se oferecer três refeições por dia com alimentos complementares, mais o leite materno. Essas refeições constituem de dois purês de fruta (fruta amassada) e uma papa salgada (amassada), pois contribuem com o fornecimento de energia, proteína e micronutrientes, além de preparar a criança para a formação de hábitos alimentares saudáveis no futuro. A partir do 7º mês até 11 meses essas refeições passam a ser constituídos de 2 papas salgados e 2 purês de frutas.
            Caso a criança já utilize fórmulas lácteas deve se iniciar aos 5-6 meses com 1 papa salgada e 2 purês de frutas. A partir dos 7º mês deverá ser oferecido 2 papas salgadas (almoço e jantar) e 2 purês de frutas (lanches no meio da manhã e da tarde).
A consistência inadequada dos alimentos compromete a ingestão adequada de nutrientes pela criança.  Por isso, no inicio da alimentação complementar, recomenda-se que os alimentos sejam preparados especialmente para ela.
É importante saber que sopas, sucos e comidas ralas não fornecem energia suficiente para a criança, por isso orienta-se iniciar a alimentação complementar na forma de purê de frutas e de papa salgada, ou seja, amassada.
            O purê de fruta deve ser realizado com uma fruta por vez, ou seja, ir experimentando uma fruta de cada vez, para que a criança acostume com o novo sabor e passe à aceita-la. Sempre que possível oferecer frutas diferentes, para que ela possa receber todas as vitaminas necessárias para o seu crescimento e desenvolvimento.
** Muito importante: Não há necessidade de adicionar açúcar. O melhor é habituar a criança com os sabores naturais das frutas, pois passam a gostar dos alimentos da maneira como são apresentados pela primeira vez. Oferecer frutas da época, pois são mais saborosas. Optar por frutas maduras.
            A quantidade de comida é a criança que decide, de acordo com o seu apetite. No início, poucas colheradas já são suficientes e, ao poucos, esta quantidade irá aumentado naturalmente. A criança tem que sentir satisfeita, não há necessidade de limpar o prato. Comece com pequena quantidade e vai aumentando gradativamente.



• Cuidados higiênicos:
- Os alimentos devem ser preferencialmente preparados e servidos na hora,. Visando preservar seu valor nutritivo e a qualidade microbiológica;
- Utilizar água tratada, filtrada ou fervida para lavar e preparar os alimentos;
- Se houver necessidade de armazenamento: por no máximo 24 horas sob refrigeração;
- Evitar preparações para mais de um dia - se necessário, porcionar e congelar adequadamente. Sobras devem ser desprezadas;
- Não oferecer a criança durante este período alimentos preparados em lanchonetes e restaurantes;
- Observar higiene diária do local de prepare e de servir as refeições, bem como do manipulador dos alimentos.



A consistência inadequada dos alimentos compromete a ingestão adequada de nutrientes pela criança.  Por isso, no inicio da alimentação complementar, recomenda-se que os alimentos sejam preparados especialmente para ela.
É importante saber que sopas, sucos e comidas ralas não fornecem energia suficiente para a criança, por isso orienta-se iniciar a alimentação complementar na forma de purê de frutas e de papa salgada, ou seja, amassada.
            O purê de fruta deve ser realizado com uma fruta por vez, ou seja, ir experimentando uma fruta de cada vez, para que a criança acostume com o novo sabor e passe à aceita-la. Sempre que possível oferecer frutas diferentes, para que ela possa receber todas as vitaminas necessárias para o seu crescimento e desenvolvimento.
** Muito importante: Não há necessidade de adicionar açúcar. O melhor é habituar a criança com os sabores naturais das frutas, pois passam a gostar dos alimentos da maneira como são apresentados pela primeira vez. Oferecer frutas da época, pois são mais saborosas. Optar por frutas maduras.
            A quantidade de comida é a criança que decide, de acordo com o seu apetite. No início, poucas colheradas já são suficientes e, ao poucos, esta quantidade irá aumentado naturalmente. A criança tem que sentir satisfeita, não há necessidade de limpar o prato. Comece com pequena quantidade e vai aumentando gradativamente.


Adriana Madeira 
Nutricionista
CRN3: 36565
Pós Graduada em Nutrição Clínica

Alimentação complementar



O QUE OFERECER?

O balanceamento nutricional consiste em verificar se a alimentação infantil contém todos os nutrientes básicos (energia, proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas e minerais) e se a quantidade de cada um deles está adequada.
Recomenda-se introduzir os novos alimentos gradualmente, um de cada vez, a cada 3 a 7 dias. É muito comum a criança rejeitar novos alimentos, não devendo este fato ser interpretado como uma aversão permanente da criança ao alimento. Em média, a criança precisa ser exposta a um novo alimento de 8 a 10 vezes em diversas formas de preparação, para que o aceite bem.
Proteínas: São matérias-primas para a multiplicação de células e para o crescimento da criança. São construtores constituintes dos músculos, vísceras, ossos, pele, células do sangue, enzimas, anticorpos, hormônios. Entretanto, atingir as recomendações de proteínas para a criança é algo muito fácil.
Fontes:
Origem animal: Carnes (boi e frango), Miúdos (fígado bovino e de aves), leite e derivados  (queijo, coalhada, iogurte, requeijão...). E após os 8 meses pode-se acrescentar o ovo e após os 12 meses pode-se acrescentar o peixe. A carne suína pode ser acrescentada, porém com cautela, pois são ricas em gorduras saturadas.
Origem vegetal: Feijão, Lentilha, ervilha, soja, grão-de-bico.
Carboidratos: São os principais fornecedores de energia a ser utilizado pelo organismo da criança nos processos de crescimento, desenvolvimento e ainda para suas atividades diárias. A aceitação da criança pelo carboidrato é muito boa e estes devem ser à base de sua alimentação da criança. São encontrados em: arroz, macarrão, batata, mandioca, cará, pães, mandioquinha, bolachas, cereais matinais, farinhas, etc.
Gorduras: É uma forma secundária de energia para a criança. Apresentam um processo digestivo e absortivo mais lento e difícil. Portanto não se deve exagerar nas quantidades de gorduras a serem oferecidas para a criança. As melhores fontes de gordura estão nos óleos vegetais, azeite de oliva. É importante também evitar o excesso de gordura saturada e frituras, visando se precaver do aumento dos níveis de colesterol na infância.
Vitaminas e Minerais
Existe uma grande variedade de vitaminas e minerais; sendo que cada um deles desempenha uma função importante para o organismo da criança.  Exemplo de algumas vitaminas:
Vitamina A: Participa intensamente do crescimento, integridade da pele, visão e ainda aumenta resistência contra doenças infecciosas. As principais fontes são: vegetais amarelo-alaranjados (cenoura, abóbora, mamão, manga, etc.), vegetais verde-escuros (couve, espinafre, etc.), fígado, manteiga, leite integral e gema de ovo.
Vitamina C: É importante para regular o organismo e protegê-lo contra infecções. As melhores fontes são: frutas cítricas (laranja, limão, etc.), acerola, caju, goiaba, abacaxi, couve, espinafre, tomate, etc.
Cálcio: É fundamental para formação dos ossos, dentes e para a contração muscular. As principais fontes são: laticínios (leite, iogurte, queijos), brócolis, feijão, peixes e nozes.
Ferro: É importante para a formação das células vermelhas do sangue e previne a anemia. Boas fontes de ferro são: fígado, carnes vermelhas, gema de ovo, folhas verde-escuras, feijão, etc.
Entretanto, vale dizer que o ferro de origem animal (carnes) é muito melhor absorvido pelo organismo do que o de origem vegetal.
Sal:seu consumo naturalmente se eleva durante o desmame, porém deve ser controlado devido à limitada capacidade de concentração renal e também para não surgirem hábitos alimentares inadequados.
Água: a demanda hídrica eleva-se com o aumento do consumo de sódio. A água deve ser oferecida com frequência a criança, visando à manutenção hidroeletrolítico.

Alimentos que Devem ser Evitadas ou Contraindicados durante o 1º ano de vida

• Os de difícil mastigação e digestão: alimentos crus, frituras, linguiça, milho integral, feijão com casca, etc.;
• Os que oferecem risco de engasgos e asfixia: batata frita, frutas com semente, pipoca, etc.
Peixes e mariscos: são considerados alergênicos, portanto devem ter sua introdução retardada, de preferência, para o 2º ano de vida. Porém pode ser dado após o 1º ano!
Estar atendo a procedência devido ao risco de contaminação por metais pesados, principal mente mercúrio.
Chocolate e bebidas achocolatadas: são contraindicados devido ao risco de alergia e também interferência na absorção de minerais.
Mel: tem  implicado como única fonte alimentar que esporos de Clostridium botulinum, durante o primeiro ano de vida pode ocasionar botulismo devido às condições apropriadas no intestina da criança para sua germinação e produção de toxina.
Açúcar: limitar ao máximo sua ingestão. Doces e guloseimas são desaconselhados pois contem alto teor de açúcar - caloria vazia—alimenta sem nutrir.
Alimentos industrializados: são contraindicados devido aos seus aditivos alimentares (corantes, conservantes, estabilizantes, espessantes, etc.) que podem concorrer para intolerâncias e reações alérgicas, reações tóxicas entre outras.
Alimentos enlatados: podem estar contaminados por chumbo e representar risco para o lactante, podendo gerar intoxicação aguda pelo efeito cumulativo.
Chá: pode saciar a criança, principalmente  quando  adoçado, comprometendo seu apetite para o de leite e também perturbar o reflexo de sucção, diminuindo seu interesse pela amamentação. Alguns chás como o chá preto e mate, contem tanino e polifenóis de alto peso molecular, que interferem na absorção de ferro.
Café: não oferece contribuição nutricional e contem cafeína que age como estimulante podendo levar a irritabilidade na criança.

Sucos artificiais: calorias vazias. Não oferecem nada além de açúcar, essências, corantes artificiais.
Refrigerantes: contraindicados, pois além de não terem nada a contribuir em termos nutricionais, contem polifenóis, que diminuem a absorção do ferro não heme e favorecem a formação de hábitos alimentares inadequados .
Alimentos a base de trigo: possibilidade de desenvolver intolerância ao glúten - sua introdução deve ser retardada o máximo possível (nunca antes dos 6 meses).

Como montar um prato adequado após os 6 meses?
Simples comece utilizando um componente de cada grupo alimentar:
1 Cereal—Ex.: Arroz, fubá, quinoa, aveia, milho, macarrão...
1 Carne macia bovina ou ave, fígado de galinha ou bovino.
1 Legumes—Ex.: Cenoura, abobrinha, chuchu, vagem, abóbora...
1 Tubérculo — Ex.:   Batata, batata-doce, inhame, cara, mandioca, mandioquinha salsa...
1 Verdura—Ex.: Escarola, alface, acelga, agrião, brócolis, couve-flor...
1 Leguminosa—Ex.: Feijão (sem casca no inicio), lentilha, ervilha, grão de bico, soja...
Temperos: Sal, alho e cebola (todos em pequena quantidade, se for possível não adicione sal).
           
Importante!
Não deixe sua criança trocar as refeições principais pelo leite materno ou outro leite.
O leite deve ser oferecido em períodos contrários ao das refeições!

Sempre observar a tolerância e aceitação da criança. Observar alergias, enjoos ou vômitos ao ingerir algum alimento!

Sempre que surgir dúvidas consulte a nutricionista ou pediatra!


Adriana Madeira 
Nutricionista
CRN3: 36565
Pós Graduada em Nutrição Clínica