Hoje vou falar de um assunto muito importante, os primeiros mil dias de vida do bebê. Antes mesmo de pensar em uma boa educação ou em cada fase que a criança passará, os pais deveríam ficar mais atentos ao período que começa na concepção da criança, passa por toda a gestação, avança pelo primeiro ano de vida e termina após os 2 anos completos. Um olhar cuidadoso durante esse período, é o primeiro e mais importante presente que os pais podem dar para a criança pensando no futuro dela.
Eu estou vivendo essa fase com meu filho caçula que esta com 6 meses, e acabei de terminá-la com o meu mais velho de 3 anos. Agora com um pouco mais de experiência e conhecimento tento corrigir o que errei com o primeiro.
Antigamente, acreditava-se que a preocupação com as doenças crônicas, como: obesidade, hipertensão, diabetes, enfartes e derrames, começava na fase adulta, porém, hoje já existem estudos que mostram que essa preocupação deve começar ainda mais cedo, no útero da mãe. Nesta fase dos primeiros mil dias, a criança está em acelerado desenvolvimento físico, no qual, os ossos estão se alongando, os músculos se fortalecendo e o cérebro ganhando volume. O peso triplica do nascimento até o primeiro ano de vida e as crianças crescem cerca de dois centímetros por mês durante este período. O desenvolvimento cognitivo também ganha destaque, o cérebro triplica de tamanho no término do segundo ano de vida e cerca de 80% da capacidade cognitiva do adulto já está desenvolvida.
Por isso, durante a gestação, é muito importante que a mãe faça algumas mudanças em seu estilo de vida. Isso inclui abandonar certos hábitos, como: fumar, ingerir bebidas alcoólicas e adotar uma dieta balanceada (rica em frutas, verduras, cereais e carnes magras). Mas, não pense que é só o corpo que precisa de cuidados. É muito importante também o equilíbrio emocional da mãe, do pai e do casal. Isso é fundamental para que a gravidez e a criação do bebê ocorram com tranquilidade.
A alimentação da mãe e do filho
Uma alimentação equilibrada também é primordial, além da suplementação de algumas vitaminas, (o médico fará a indicação no pré natal, de alguns suplementos), como o acido fólico, por exemplo, que contribui, já nas primeiras semanas de gravidez, para a formação do tubo neural do feto. O seu consumo deve ter início entre 60 e 90 dias antes da gestação, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), para que haja tempo de atingir os níveis recomendados. Alguns nutrientes não podem faltar no prato da gestante como: o ferro, a vitamina C, o cálcio, o ômega 3 e as fibras. Controlar o peso também é muito importante. Mulheres que ganham muito peso estão propensas a desenvolver diabetes, por exemplo. A alimentação da mãe durante a gestação e da criança desde o nascimento até o final do segundo ano de vida exercem influência direta na saúde do bebê até a vida adulta.
Exposições nutricionais, ambientais e padrões de crescimento durante a vida intrauterina e nos primeiros anos de vida podem ter efeitos importantes sobre as condições de saúde do adulto, sendo janelas de oportunidades fatais para o desenvolvimento de doenças. Conhecida como programação metabólica, (ou "imprinting") esse termo é definido por alguns estudiosos como a influência que o ambiente gestacional tem sobre efeitos permanentes na estrutura, fisiologia e no metabolismo do individuo ao longo de sua vida. Assim, as condições pré-gestacionais e gestacionais (principalmente aquelas relacionadas à nutrição materna), às quais um individuo é exposto podem "programar" o desenvolvimento de doenças crônicas na sua vida adulta.
A amamentação exclusiva até seis meses, é muito importante nesse sentido, pois, protege o bebe contra infecções, diarréia, obesidade, além de muitos outros beneficios. A recomendação da OMS é que o ato de amamentar seja exclusivo até os seis meses de vida e que permaneça, se possível, até os dois anos, mesmo com a alimentação complementar. Os bebês nascem com um sistema imunitário incapaz de protegê-los. Com a ajuda do leite materno, o intestino é povoado por bactérias benéficas ao longo dos dois primeiros anos até a formação de uma microbiota intestinal equilibrada, capaz de inibir a entrada de vírus e bactérias nocivas para o corpo.
Infelizmente, muitas mulheres não conseguem manter o aleitamento materno exclusivo até os seis meses. Boa parte delas, não tem o suporte necessário ou conhecimento suficiente para que a amamentação ocorra de forma correta. Isso sem falar daquelas que precisam voltar a trabalhar e não conseguem conciliar a vida profissional com a amamentação.
A partir dos seis meses, inicia-se a alimentação complementar, que deve ser variada, primeiramente com os sucos e frutas, posteriormente com as papinhas salgadas, acompanhada, se possível, do aleitamento materno até os dois anos de vida ou mais. Sempre respeitando, é claro, o tempo de cada alimento, alguns como mel, por exemplo só devem ser oferecidos ao bebê depois do primeiro ano de vida. Mas esse é um assunto do qual falarei posteriormente em alimentos proibidos até um ano de idade.
Algumas ações simples e de fácil execução, quando desenvolvidas com atenção e carinho, podem influenciar a saúde dos filhos para o resto da vida.
Outros cuidados importantes
Vacinação em dia, uma atitude que não pode faltar na lista de uma mãe preocupada com seu filhote. Isso porque ao se imunizar a mãe passa os anticorpos para o bebê, protegendo-o. Todas as vacinas serão recomendadas pelo médico durante o pré natal.
Estimular os vínculos: carinho, afeto e contato físico com o bebê são alguns ingredientes essenciais para estabelecer e fortalecer a conexão com o bebê. Isso contribui para o desenvolvimento neurológico e também para a imunidade.
Obesidade, uma alimentação rica em gordura, altas taxas de stresse, violência, entre outras situações adversas que a mulher possa enfrentar durante a gestação, não passarão despercebidas pelo bebê. A comunicação mamãe/bebe é feita por meio da placenta, é essa estrutura que conduzirá não apenas os nutrientes, mas irá traduzir todas as informações maternas para o bebê. Qualquer uma dessa situações pode gerar estresse para o feto o que poderá alterar o eixo hormonal que regula funções do organismo como: desenvolvimento e crescimento, níveis de transpiração, entre outras várias particularidades de diversos órgãos. Por isso, a gravidez planejada e um bom acompanhamento médico é tão importante.
Espero que tenham gostado, ainda há muito o que falar sobre os primeiros mil dias de vida do bebê. Aos poucos, vou postando mais textos sobre esse assunto. Se você gostou, compartilhe. Até breve!
Por isso, durante a gestação, é muito importante que a mãe faça algumas mudanças em seu estilo de vida. Isso inclui abandonar certos hábitos, como: fumar, ingerir bebidas alcoólicas e adotar uma dieta balanceada (rica em frutas, verduras, cereais e carnes magras). Mas, não pense que é só o corpo que precisa de cuidados. É muito importante também o equilíbrio emocional da mãe, do pai e do casal. Isso é fundamental para que a gravidez e a criação do bebê ocorram com tranquilidade.
A alimentação da mãe e do filho
Uma alimentação equilibrada também é primordial, além da suplementação de algumas vitaminas, (o médico fará a indicação no pré natal, de alguns suplementos), como o acido fólico, por exemplo, que contribui, já nas primeiras semanas de gravidez, para a formação do tubo neural do feto. O seu consumo deve ter início entre 60 e 90 dias antes da gestação, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), para que haja tempo de atingir os níveis recomendados. Alguns nutrientes não podem faltar no prato da gestante como: o ferro, a vitamina C, o cálcio, o ômega 3 e as fibras. Controlar o peso também é muito importante. Mulheres que ganham muito peso estão propensas a desenvolver diabetes, por exemplo. A alimentação da mãe durante a gestação e da criança desde o nascimento até o final do segundo ano de vida exercem influência direta na saúde do bebê até a vida adulta.
Exposições nutricionais, ambientais e padrões de crescimento durante a vida intrauterina e nos primeiros anos de vida podem ter efeitos importantes sobre as condições de saúde do adulto, sendo janelas de oportunidades fatais para o desenvolvimento de doenças. Conhecida como programação metabólica, (ou "imprinting") esse termo é definido por alguns estudiosos como a influência que o ambiente gestacional tem sobre efeitos permanentes na estrutura, fisiologia e no metabolismo do individuo ao longo de sua vida. Assim, as condições pré-gestacionais e gestacionais (principalmente aquelas relacionadas à nutrição materna), às quais um individuo é exposto podem "programar" o desenvolvimento de doenças crônicas na sua vida adulta.
A amamentação exclusiva até seis meses, é muito importante nesse sentido, pois, protege o bebe contra infecções, diarréia, obesidade, além de muitos outros beneficios. A recomendação da OMS é que o ato de amamentar seja exclusivo até os seis meses de vida e que permaneça, se possível, até os dois anos, mesmo com a alimentação complementar. Os bebês nascem com um sistema imunitário incapaz de protegê-los. Com a ajuda do leite materno, o intestino é povoado por bactérias benéficas ao longo dos dois primeiros anos até a formação de uma microbiota intestinal equilibrada, capaz de inibir a entrada de vírus e bactérias nocivas para o corpo.
Infelizmente, muitas mulheres não conseguem manter o aleitamento materno exclusivo até os seis meses. Boa parte delas, não tem o suporte necessário ou conhecimento suficiente para que a amamentação ocorra de forma correta. Isso sem falar daquelas que precisam voltar a trabalhar e não conseguem conciliar a vida profissional com a amamentação.
A partir dos seis meses, inicia-se a alimentação complementar, que deve ser variada, primeiramente com os sucos e frutas, posteriormente com as papinhas salgadas, acompanhada, se possível, do aleitamento materno até os dois anos de vida ou mais. Sempre respeitando, é claro, o tempo de cada alimento, alguns como mel, por exemplo só devem ser oferecidos ao bebê depois do primeiro ano de vida. Mas esse é um assunto do qual falarei posteriormente em alimentos proibidos até um ano de idade.
Algumas ações simples e de fácil execução, quando desenvolvidas com atenção e carinho, podem influenciar a saúde dos filhos para o resto da vida.
Outros cuidados importantes
Vacinação em dia, uma atitude que não pode faltar na lista de uma mãe preocupada com seu filhote. Isso porque ao se imunizar a mãe passa os anticorpos para o bebê, protegendo-o. Todas as vacinas serão recomendadas pelo médico durante o pré natal.
Estimular os vínculos: carinho, afeto e contato físico com o bebê são alguns ingredientes essenciais para estabelecer e fortalecer a conexão com o bebê. Isso contribui para o desenvolvimento neurológico e também para a imunidade.
Obesidade, uma alimentação rica em gordura, altas taxas de stresse, violência, entre outras situações adversas que a mulher possa enfrentar durante a gestação, não passarão despercebidas pelo bebê. A comunicação mamãe/bebe é feita por meio da placenta, é essa estrutura que conduzirá não apenas os nutrientes, mas irá traduzir todas as informações maternas para o bebê. Qualquer uma dessa situações pode gerar estresse para o feto o que poderá alterar o eixo hormonal que regula funções do organismo como: desenvolvimento e crescimento, níveis de transpiração, entre outras várias particularidades de diversos órgãos. Por isso, a gravidez planejada e um bom acompanhamento médico é tão importante.
Espero que tenham gostado, ainda há muito o que falar sobre os primeiros mil dias de vida do bebê. Aos poucos, vou postando mais textos sobre esse assunto. Se você gostou, compartilhe. Até breve!